quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Hubble registra cometa ISON intacto

   A nova imagem do cometa ISON sugere que o cometa está intacto, apesar de algumas previsões de que o núcleo gelado frágil pode se desintegrar com o Sol aquecendo-o. O cometa vai passar mais próximo do Sol em 28 de novembro.



   Esta imagem do telescópio espacial da NASA, Hubble, foi tomada dia 9 de outubro, o núcleo sólido do cometa não é visto, porque é pequeno . Se o núcleo tivesse se partido, provavelmente o Hubble teria evidência, registrando vários fragmentos.

   Além disso, o coma ou a cabeça em torno do núcleo do cometa é simétrica e suave. Isso provavelmente não seria possível caso os conjuntos de fragmentos menores estivessem voando . Além do mais, um jato polar de poeira visto pela primeira vez em imagens do Hubble, tiradas em abril, não é mais visível e pode ter parado.

   Esta cor composta na imagem foi montada utilizando dois filtros. O coma do cometa parece turquesa, uma cor azul-esverdeada devido ao gás, enquanto a cauda é avermelhada devido ao pó que flui fora do núcleo. A cauda é formada pelas partículas de poeira que são empurradas para fora a partir do núcleo, pela pressão da luz solar. O cometa adentrou a órbita de Marte e estava a 177 milhões de milhas da Terra quando foi fotografado. O cometa ISON está previsto para fazer sua maior aproximação à Terra em 26 de dezembro, a uma distância de 39.900 mil milhas.

   Crédito: NASA , ESA, e Hubble Heritage Team (STScI / AURA)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

ISON deve sobreviver ao periélio

   No início deste mês, o cometa, descoberto em setembro do ano passado, passou pela órbita de Marte, nesta que é sua primeira viagem pelo interior do Sistema Solar. Isso gerou a expectativa de que o ISON poderia vir a ser o “cometa do século”, já que teria o potencial de ficar muito brilhante a medida que seu material evaporasse e criasse a coma (cabeleira) e cauda típicas destes objetos.

Foto do cometa ISON tomada pelo telescópio espacial Hubble

   De acordo com cálculos feitos pelos astrônomos Matthew Knight e Kevin Walsh, publicados em artigo no periódico “The Astrophysical Journal Letters”, o ISON seria grande e denso o bastante para não ser totalmente incinerado ou fragmentado ao passar tão perto do Sol. Segundo eles, observações feitas pelo telescópio espacial Hubble e outros instrumentos sugerem que o núcleo do cometa tem entre 1 e 4 quilômetros de diâmetro, o que o põe bem além do limite para a evaporação total de cometas vistos em periélios semelhantes, de 200 metros.

   Já os dados sobre a densidade do ISON são muito escassos. Ainda assim, Knight e Walsh afirmam que, se ela for parecida com a da maioria dos cometas, seu núcleo não será destruído pelas forças de maré gravitacional do Sol..

   Relembrando, dia 28 de novembro o cometa vai passar a apenas 1,2 milhão de quilômetros da superfície do Sol, o que implica numa chance grande de incineração ou fragmentação do núcleo do mesmo.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Localização do cometa ISON na semana

   Espero sempre trazer atualizações semanais desse tipo, mas não garanto muito, não tenho muito tempo.
   Aqui na imagem você pode ver a localização do cometa C/2012 S1 de sábado até sexta-feira, estando dentro do círculo vermelho. O outro ponto que muda de lugar é o planeta Marte.
   Para referência, caso queira fotografar o cometa, use Marte e Regulus, usando um traço imaginário. Fica bem mais fácil assim! Uma dica bem simples e importante.



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ISON passa próximo a Marte e amanhã ultrapassa a órbita do Planeta Vermelho

   O cometa C/2012 S1 ISON completou na terça-feira a primeira das aproximações dentro do Sistema Solar e chegou a apenas 10 milhões de quilômetros do planeta Marte. Agora, ruma para o momento mais dramático dessa jornada: o tórrido encontro com o Sol.

Imagem tomada pelo Remanzacco

   Em sua rápida passagem pelas proximidades do Planeta Vermelho, ISON foi fotografado por todas as sondas que orbitam o planeta e também pelo jipe-robô Curiosity, que prospecta o solo marciano. Foram feitas diversas imagens e coleta de dados, tanto por artefatos estadunidenses como europeus e provavelmente até o final da semana já teremos imagens próximas do cometa.

   ISON se aproximou do Planeta Vermelho a 32.9 km/s, ou mais de 118 mil km/h, e à medida que ruma em direção ao Sol sua velocidade aumenta ainda mais. No dia da aproximação máxima, em 28 de novembro, a velocidade deverá atingir nada menos que 377 km/s, ou 1.36 milhão de km/h. Para se ter uma ideia, isso é 0,13% da velocidade da luz e daria para fazer uma viagem de São Paulo à Nova York em menos de 20 segundos.

   Se o cometa seguir exatamente o que é previsto pela mecânica celeste, deverá contornar o Sol e seguir seu rumo para dentro do Sistema Solar, deixando para trás uma a trilha fragmentos que encontrará a Terra nos dias 14 e 15 de janeiro de 2014, provocando uma pequena chuva meteoros.

   No entanto, as estatísticas mostram que cometas como ISON raramente conseguem contornar a estrela. ISON é um cometa pequeno, com núcleo de aproximadamente 5 km de diâmetro. Isso pode resultar na pulverização total do cometa antes da aproximação máxima.

   Outra possibilidade é que ISON se rompa pela atuação das forças de maré geradas antes de atingir o periélio. Isso poderia criar um verdadeiro espetáculo, similar ao que ocorreu antes do cometa Shoemaker-Levy 9 atingir o planeta Júpiter em julho de 1994.

   A partir de agora começa mais uma parte do show. Tudo pode acontecer com o ISON e a maior aproximação com o Sol e a posição favorável no céu vão proporcionar imagens cada vez mais impressionantes!


   Na imagem acima você pode ver três imagens diferentes do coma interior de ISON. O primeiro painel do lado esquerdo é um filtro de Larson-Sekanina. Na elaboração painel do meio com o filtro MCM , é criado um coma artificial, com base na fotometria da imagem original, e subtrai a própria imagem original, a fim de destacar as zonas internas do brilho diferente, que estão muito próximos do núcleo interior, e que seria normalmente escondido da luz difusa do cometa. Enquanto o último painel da direita é a elaboração com filtro VM - 1 / r , subtração do coma teórico.