terça-feira, 15 de outubro de 2013

ISON deve sobreviver ao periélio

   No início deste mês, o cometa, descoberto em setembro do ano passado, passou pela órbita de Marte, nesta que é sua primeira viagem pelo interior do Sistema Solar. Isso gerou a expectativa de que o ISON poderia vir a ser o “cometa do século”, já que teria o potencial de ficar muito brilhante a medida que seu material evaporasse e criasse a coma (cabeleira) e cauda típicas destes objetos.

Foto do cometa ISON tomada pelo telescópio espacial Hubble

   De acordo com cálculos feitos pelos astrônomos Matthew Knight e Kevin Walsh, publicados em artigo no periódico “The Astrophysical Journal Letters”, o ISON seria grande e denso o bastante para não ser totalmente incinerado ou fragmentado ao passar tão perto do Sol. Segundo eles, observações feitas pelo telescópio espacial Hubble e outros instrumentos sugerem que o núcleo do cometa tem entre 1 e 4 quilômetros de diâmetro, o que o põe bem além do limite para a evaporação total de cometas vistos em periélios semelhantes, de 200 metros.

   Já os dados sobre a densidade do ISON são muito escassos. Ainda assim, Knight e Walsh afirmam que, se ela for parecida com a da maioria dos cometas, seu núcleo não será destruído pelas forças de maré gravitacional do Sol..

   Relembrando, dia 28 de novembro o cometa vai passar a apenas 1,2 milhão de quilômetros da superfície do Sol, o que implica numa chance grande de incineração ou fragmentação do núcleo do mesmo.

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